Médico brasileiro lidera manifesto em NY

O carioca Alexandre Carvalho é um dos organizadores dos protestos anticrise que tomou conta da Wall Street, centro financeiro do mundo

Os protestos anticrise que se iniciaram na Wall Street, em New York, há duas semanas, e se espalharam por outras cidades dos Estados Unidos ganhou a mídia pela forma como a policia novaiorquina agiu contra os manifestantes. Eles utilizaram spray de pimenta e prenderam cerca de 100 pessoas. Pelo menos 50 delas ainda continuam detidas.

Entre os manifestantes detidos está o médico carioca, Alexandre Carvalho, 28 anos, que afirmou estar protestando contra “as injustiças do sistema financeiro dos Estados Unidos”. Ele chegou em N ew York em setembro de 2009 para fazer mestrado em Saúde Pública Global. Ele atua como consultor do grupo Sem Fronteiras, em um projeto que visa levar água saudável para o Quênia, na África.

Ele disse que desde o início estava presente no manifesto que mais de 150 pessoas e como objetivo, ocupar a Wall Street, centro financeiro dos EUA e do mundo. No início, o médico disse que recebera um convite para participar do grupo, mas acabou tornando-se um dos organizadores do comitê chamado de “Occupy Wall Street”.

Segundo ele, os manifestantes agiam de forma pacífica, conforme pode ser visto em alguns vídeos espalhados pela internet. Alexandre disse que a ação policial deixou alguns integrantes do movimento feridos, pois foram arrastados pelas ruas. Ele foi liberado horas mais tarde depois de sua detenção.

Alexandre fala que ele, e sua namorada, a também brasileira, Vanessa Zettler, estavam dormindo todas as noites, desde o início do manifesto, na Wall Street. “Nós estávamos proibidos de protestar na Wall Street, por isso ocupamos a Broadway. Como a polícia montava barricadas, fomos obrigados a desviar”, disse ressaltando que as prisões e agressões por parte dos policiais aconteceu na Union Square.

O médico relata que foi preso no momento em que foi ajudar uma amiga atingida por spray de pimenta. Depois ele foi algemado e colocado em um camburão com mais 16 pessoas, sem ventilação.

No vídeo acima, o brasileiro está segurando uma bandeira e logo em seguida é preso

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